quarta-feira, 20 de julho de 2011

Harry Potter e o Cálice de Fogo




As Novas Descobertas de um Épico

O Cálice de Fogo é o filme do desabrochar da adolescência, com todos os seus percalços, descobertas e angústias.

Um filme que passa pela Casa 4, pois desenvolve o mesmo tom sombrio e acinzentado ocorridos no filme anterior, fazendo também com que Harry busque ainda mais explicações no seu passado, mas que rapidamente passa para Casa 5 onde desenvolve a aventura, afinal adolescência também é diversão, não a toa entra um Torneio de Bruxos, e a descoberta do amor, e com isso as dúvidas inseguranças e angústias que vêem no pacote.

A história caminha rapidamente, sem perder tempo com amenidades, todas as cenas trazem elementos relevantes para a trama e empurram a história para frente. O que não deixa de ser admiravel já que o livro era até então o maior em volume do toda a série.



A vantagem de uma série longa como esta é no desenvolvimento dos personagens, pois a cada filme descobrimos aspectos diferentes não só em evolução como em complexidade. E ver o crescimento nas atuações dos mais novos e o fortalecimento dos mais velhos é formidável.

O desenvolvimento afetivo é o grande ponto fraco no filme, diferentemente daquilo que vemos no final do filme, a emoção, o pulsar do amor nos personagens é feito com um pudor exagerado, bem diferente do livro, muito mais autêntico.

E no clímax final finalmente conhecemos em “carne e osso” nosso inimigo num momento marcante e fundamental na série, e bem transposto na tela. E a perda que se vê neste momento é emocionalmente bem desenvolvida.

A história caminha a passos largos ao confronto entre o amor e o poder que vai começar a pontuar a série até seu final.

Ficha Técnica:
Harry Potter e o Cálice de Fogo(2005)
Dirigido por Mike Newell. Com : Tom Felton, Brendan Gleeson, Gary Oldman, Robbie Coltrane, Stanislav Ianevski, Bonnie Wright, Mark Williams (I), Robert Pattinson, Miranda Richardson, Clémence Poésy, Michael Gambon, Maggie Smith, Alan Rickman,Emma Watson, Rupert Grint, Daniel Radcliffe, Shirley Henderson, David Bradley.

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban




Uma Nova Dinâmica Para o Épico




Um filme de Casa 3, não pode seguir padrões pré estabelecidos, então as mudanças começam na direção do filme, sai o infantil Chris Columbus, entra o versátil Alfonso Cuarón. E com isso a série ganha um dinamismo maior, inclusive na sua duração, a menor até então da série.

Acaba a estruturação episódica, entrando uma muita mais interessante, quase poética, principlamente ao ilustrar a passagem do tempo. O tom infantil, colorido e ingênuo dá lugar a um mais ameaçador, sombrio e cinza. Afinal a infância está indo embora e a dícifil entrada na adolencência bate à porta.



O Tempo é peça fundamental no filme, e o terceiro ato, em particular, engrandece o filme com suas brincadeiras com ele, que lembram, em parte, o que acontecia em De Volta para o Futuro 2.



No elenco mudanças forçadas acontecem, e Michael Gambon assume com personalidade a difícil tarefa de substituir Richard Harris no papel de Dumbledore, conferindo novas características ao personagem, que torna-se mais ágil e vivaz (Harris investia um tom mais épico do personagem, onde se notava um cansaço maior). Não menos curioso é constatar que, agora, Dumbledore veste um figurino que mais hipponga, emprestando-lhe jovialidade e certo grau de imprevisibilidade (bem diferente do de Harris, mais tradicional, grandioso e pesado).

Para finalizar, a amizade e o companheirismo realçam ainda mais as características de casa 3 do filme, que por si só simboliza ainda mais a obra me fisgando por completo.

Ficha Técnica:
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)
Dirigido por Alfonso Cuarón. Com: Tom Felton, Richard Griffiths, David Thewlis, Gary Oldman, Robbie Coltrane, Mark Williams (I), Michael Gambon, Maggie Smith, Alan Rickman, Timothy Spall, Julie Christie, Emma Thompson, Emma Watson, Rupert Grint, Daniel Radcliffe, Fiona Shaw, David Bradley.
Cotação: *****

Harry Potter e a Câmara Secreta




A Estruturação do Épico

A segunda aventura traz todas as qualidades da primeira e defeitos também.


Astrologicamente um filme Taurino, de casa 2, que traz a consolidação daquele universo e a certeza que o seu desenvolvimento obescerá fielmente seu autor. Tudo ali é concreto, firme sem margem para imaginação maior. A aposta no certo, na lógica, nada de grandes ousadias ou aventuras. A história, um pouco mais complexa que a anterior é desenvolvida lentamente, sem pressa, não por acaso este se torna o filme mais longo de toda a série.


Os efeitos especiais trazem um realismo maior, as atuações evoluem, principalmente do trio principal. E nos coadjuvantes um destaque especial para a entrada do personagem mais leonino de toda a série, simplesmente impecável.



Novos elementos mágicos são apresentados com especial abordagem no mito da Fênix, em suma o filme é mais maduro e menos emperrado em relação ao anterior e está pronto para evoluir gradativamente como nos livros.

Ficha Técnica:

Harry Potter e a Câmara Secreta (2002)
Dirigido por Chris Columbus. Com: John Cleese, Tom Felton, Richard Griffiths, Kenneth Branagh, Robbie Coltrane, Jason Isaacs, Richard Harris, Bonnie Wright, Mark Williams (I), Maggie Smith, Alan Rickman, Emma Watson, Rupert Grint, Daniel Radcliffe, Shirley Henderson, Fiona Shaw, David Bradley.
Cotação: ****

Harry Potter e a Pedra Filosofal





A Ascendência de um Épico

A primeira aventura foi marcada por apresentar o universo que até então só existia em nossa imaginação. E neste aspecto o filme criou tudo de maneira muito próxima a minha, pelo menos, inclusive os personagens, literalmente tirados das páginas do livro, isto sem dúvida um ponto muito positivo. Outro mérito do filme foi abordar a história com imensa fidelidade, todos os fatos importantes e marcantes estão lá.

Contra a narrativa pesa a infantilização, que funciona e é acertada para as crianças, mas para os jovens e adultos incomoda, mas esse é um problema de difícil solução no cinema, já no livro a narrativa de Rowling é perfeitamente adaptada a todas as idades. Outro ponto negativo é a falta de emoção, que aliás permeará outros filmes. Ele é esquemático, frio... inglês demais na verdade. Senti que um Spilberg por exemplo, elevaria emocionalmente o filme para outro patamar, bem mais intenso.

Astrologicamente a cerne leonina do livro se faz no filme principalmente em seus aspectos tecnicos. Seus efeitos especiais, figurinos, direção de arte etc são grandiosos, luxuosos e de uma fidelidade invejável (com excessão do Trasgo que poderia ser melhor elaborado). E Hogwarts então..., simplesmente perfeita.

É portanto um filme ascendente, que nos mostra aquilo que realmente queriamos ver.

A descoberta daquele especial universo, sua magia, seus perigos e o começo de uma grande história do Bem contra o Mal.



Ficha Técnica:


Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)
Dirigido por Chris Columbus. Com: John Cleese, Tom Felton, John Hurt, Richard Griffiths, Robbie Coltrane, Ian Hart, Maggie Smith , Alan Rickman , Julie Walters, Emma Watson, Rupert Grint, Daniel Radcliffe, David Bradley.
Cotação: ****

A Série Harry Potter




Em 1999 estava num sítio com amigos para passar o badalado reveillon do ano 2000. Tudo perfeito, tempo, churrasco, cerveja e uma amiga grudada num livro o tempo todo me intrigava. Afinal o que poderia ser mais divertido do que um sítio nestas condições? Ela lia “Harry Potter e a Câmara Secreta”. Um mês depois fazendo compras no supermercado vi os três primeiros livros da série e resolvi num ato de puro consumismo comprar logo todos, afinal minha amiga dizia maravilhas da série.


Desde então a saga de Harry Potter faz parte da minha vida, e nem preciso dizer o quanto gosto dos livros, da sua magia, de como está incrível bruxa JK Rowling conseguiu reunir tantos arquétipos míticos numa obra “infantil” de maneira tão coesa e intensa. Portanto quando vieram os filmes todos me traziam grande expectativa.


E hoje ao terminar de assistir a última parte de Relíquias da Morte, chega o momento de analisar uma obra que me encantou durante 10 anos.


Claro que uma série escrita e protagonizada por leoninos só poderia carregar suas características e elementos. EU SOU quem mesmo? A busca de seu lugar e identidade no mundo marcou os primeiros livros dando lugar posteriormente ao mártir e o salvador.


Mas vamos com calma e por partes:




sexta-feira, 6 de maio de 2011

17 vezes!!!


A tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) é autora da foto divulgada nesta sexta-feira pela Nasa (agência espacial americana) em seu site.

Em suas missões espaciais, os astronautas veem o sol nascendo e se pondo 17 vezes, em média, durante o período orbital com duração de 24 horas.

A "linha divisória", iluminada, mostra claramente onde, digamos, termina a parte do planeta e começa a escuridão do Cosmos.

Essa linha adquire nuances de cores diferenciadas por ser criada pela atmosfera terrestre, com interferência de poeira ou até mesmo de luzes do crepúsculo solar.

Simplesmente Lindo.

terça-feira, 22 de março de 2011

ASTROFILMES - 127 Horas



127 Horas ou O Retorno de Saturno

Astrologicamente existem, na face adulta do ser humano, pelo menos quatro momentos importantes na vida: O primeiro Retorno de Saturno, a Quadratura de Plutão, a Quadratura de Netuno e segundo Retorno de Saturno. Todos eles servem, a seu modo, para transformar e fazer a pessoa evoluir no seu projeto de vida. Algumas pessoas aceitam com mais facilidade, outras não. Para alguns os acontecimentos desses períodos são mais marcantes que para outros, enfim muito depende do mapa astral de cada um.


127 Horas conta um desses momentos na vida de Aron Ralston, um jovem quem em abril de 2003 partiu em uma caminhada exploratória pelo Blue John Canyon, no estado de Utah, sem se preocupar em avisar a ninguém para onde estava indo. Conclusão, o rapaz se meteu numa encrenca danada quando uma pedra se deslocou durante uma de suas descidas, prendendo seu braço. Preso no meio do nada, Aron só tinha uma esperança de sobreviver, encontrar uma maneira de se libertar sozinho daquela pedra. Ele começa viver, portanto, o seu primeiro Retorno de Saturno.


Em primeiro lugar para ter exatidão do processo vivido por ele seria necessário conhecer o seu mapa astral, como não tenho o horário de seu nascimento detenho-me apenas ao aspecto em si.

O primeiro Retorno de Saturno acontece para todos os seres humanos entre os 27 e 29 anos, é um período onde devemos colocar em prática tudo o que obtivermos, até então, de conhecimento, de informação etc. para avançar ou alavancar nosso projeto de vida. É o período em que amadurecemos; eu o chamo de “A brincadeira acabou, vamos para a vida”. Sentimos um peso maior nas atitudes, mais responsabilidade e principalmente uma cobrança maior interna e externa.



Geralmente os fatos mais marcantes desse período têm a perda como principal característica. Grandes ou pequenas o fato é que sempre perdemos alguma coisa, nem que seja somente a ingenuidade. Uma analogia que sempre faço desse período é como se sentássemos com Deus, ou o Arquiteto da nossa vida, para uma avaliação. Você está pronto para seguir adiante? É a pergunta que deve ser respondia.


Aron precisou de cinco dias para responder.



O filme é eficiente porque nos coloca perto dele o tempo todo, sentimos sua angústia, sua preocupação, seu desespero, sua insegurança, seu medo. Por outro lado contrasta com profunda exatidão a imensidão do vazio que ele encontra, ou para viver está experiência. Existem momentos impressionantes que retratam inspiradamente a sua relação com o momento que está vivendo como aquele do apresentador de TV ou mesmo a invasão da chuva.


James Franco consegue carregar bem o personagem desde o início quando percebemos sua paixão pela aventura e a vida ao ar livre; repare sua a empolgação ao apresentar o lago às novas amigas ou simplesmente ao passar as mãos carinhosamente pelas rochas do canyon. Ao mesmo tempo, esta sua impulsividade cede espaço ao raciocínio lógico à medida que ele compreende a seriedade da situação na qual se encontra, buscando traçar diferentes estratégias a fim de se libertar da rocha enquanto avalia quanto tempo que lhe resta antes que a água chegue ao fim. Da mesma forma, Franco retrata o enfraquecimento de seu personagem com talento e é tocante perceber que, mesmo constatando estar à beira da morte, Ralston jamais parece desistir completamente, mostrando-se também sempre preocupado com o impacto que tudo aquilo provocará em sua família.


É então que chegamos ao momento derradeiro onde ele percebe que precisa tomar uma atitude dolorosa para continuar sua vida. E o filme brilha ainda mais quando lhe é apresenta a visão futura, que em astrologia chamo de “A Benção de Netuno”, para que ele enfrente o medo e a dor a fim de continuar sua trajetória. Afinal não dá para ter a mesma vida ou ser a mesma pessoa depois de uma experiência assim, é certo também que a recompensa por encarar e vencer “Saturno” não seria pequena.


Daí para frente tudo nos é apresentado sem ressalvas ou concessões, como tem que ser com Saturno, e mais uma vez o filme acerta, temos, sim, que ver, sentir e escutar a dor. Para finalmente depois ver, sentir e escutar o alívio, a felicidade e pensar: “Valeu a pena”.


Como disse no início cada um tem o seu Retorno de Saturno, uns mais leves outros pesados, com poucas ou grandes perdas, mais fácies ou mais difíceis, não importa. O que vale mesmo é que saiamos dele melhores, mais confiantes no que somos e principalmente no que queremos, pois somente assim conseguiremos avançar mais facilmente neste fascinante jogo da vida.




Ficha Técnica:

127 Horas (2010)
Dirigido por Danny Boyle. Com: James Franco, Kate Mara, Amber Tamblyn, Treat Williams, John Lawrence, Kate Burton, Clémence Poésy, Aron Ralston, Jessica Ralston.
Cotação: *****